Na manhã da quinta-feira, 30 de outubro, Derrubadas realizou uma passeata em defesa ao Salto do Yucumã. O objetivo é conscientizar a sociedade da importância da preservação do Salto e do Parque Estadual do Turvo, frente às consequências das hidrelétricas já construídas e aquelas que estão em estudo e discussão.

            A passeata teve a participação de cerca de 250 pessoas, que se deslocaram da Praça Municipal Dorival Rigodanzo até a entrada do Parque Estadual do Turvo. Duas questões mobilizam a comunidade, uma delas se refere à visibilidade do Salto do Yucumã e a mortandade dos peixes, devido à irregularidade na liberação das águas da hidrelétrica Foz do Chapecó; e outra, ao alagamento de parte da mata nativa do Parque Estadual do Turvo, por exemplo, com a construção da hidrelétrica Panambi. Ambas prejudicariam a preservação da fauna e flora que existem somente nesta região do Brasil.

            A passeata contou com a participação de autoridades municipais, estudantes e professores da Escola Municipal Salto Grande e Escola Estadual Getúlio Vargas, comerciantes e comunidade em geral.

            O evento, organizado pelas alunas Regina Giacomini e Vanessa Guse da Escola Estadual Getúlio Vargas, faz parte do projeto “Salto Yucumã: defesa e proteção”, elaborado como projeto do Ensino Médio Politécnico. A passeata contou com o apoio da Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Turismo, Parque Estadual do Turvo e Rota do Yucumã. Além de contar com a adesão das demais Secretarias Municipais e a Brigada Militar.

            Além da passeata, as alunas desenvolveram uma maquete, onde apresentaram o a influência nas quedas do Salto quando da liberação das águas da hidrelétrica Foz do Chapecó, como a invisibilidade das quedas e a mortandade dos peixes do rio Uruguai.

            O Prefeito Municipal, Almir José Bagega, parabeniza as alunas pela iniciativa, o que, segundo ele, demonstra que os jovens de nossa sociedade estão preocupados com a preservação do Salto do Yucumã e do Parque Estadual do Turvo. Bagega destaca que há algum tempo, o período para que os turistas tivessem uma boa visibilidade do Salto eram os meses de outubro a março, hoje em dia, não é possível mais fazer previsões, pois devido a hidrelétrica Foz do Chapecó, a divulgação se dá somente de 12 em 12 horas e, muitas vezes, o turista chega à cidade e não pode visualizar as quedas d’água devido a liberação irregular das águas da hidrelétrica.

            O Secretário Municipal de Turismo, Ezequiel Weber, destaca que o apoio à essa passeata é importante, pois a comunidade ainda não havia tido uma iniciativa com uma proporção como essa. “É preciso que mais pessoas saibam sobre as reais consequências trazidas pelas hidrelétricas ao Salto do Yucumã”, complementa o secretário.

             Diante a estas questões, o Poder Público está engajado em garantir a preservação do maior salto longitudinal do mundo, Salto do Yucumã, e também da maior área de preservação de mata nativa do nosso estado, o Parque Estadual do Turvo. Os possíveis prejuízos irão atingir uma região inteira, que tem no turismo uma importante fonte de economia, representada pelo maior ponto de turismo, o Salto do Yucumã, complementa Ezequiel.

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Redação: Andreia Primaz Eckhardt

Revisão: Cristiane Führ.